terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vazio

Este vazio tão pleno
Q
ue me queima por dentro
D
ói tanto, tanto, tanto
Q
ue tamanha dor nem chega a ferir!
É
antes como se algo nascesse
A
cada momento,
C
omo se algo novo e vivo florescesse
S
em qualquer premeditado intento,
P
ronto a eclodir,
A
servir de alento ao meu viver!

E
de tão intensamente que o sinto
N
ão chego a saber
S
e sou o que pressinto
O
u apenas aquilo que julgo compreender…
T
al como a flor do absinto
C
om o seu sabor amargo,
Q
ue se transforma em licor adocicado,
A
ssim eu, de um apagado e insípido estado de ser,
M
e torno um rebento,
P
ujante e renovado,
Q
ue apenas esse insaciado vazio
P
ode fazer crescer!

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