quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O Inferno Mundial Desencadeado na Síria e no Iraque

Por achar que o post de 28 de Setembro de 2015 do bloguer CAOS retrata com fidelidade o que está a acontecer no mundo actual, tomei a liberdade de o traduzir e de o publicar aqui, não sem antes e desde já pedir desculpa ao CAOS por não ter conseguido encontrar o seu contacto e solicitar-lhe permissão para a sua publicação. 



Não é nenhum despropósito apontar com o dedo quem é que está a desencadear o inferno no mundo, pois a situação de inferno terreno que as pessoas vivem no Médio Oriente é um fogo que se estende e que pode queimar o mundo inteiro num refogado nuclear de uma possível guerra de uns contra outros. As elites globais traçaram um plano para estabelecer um governo mundial desencadeando o inferno sem nome de uma guerra que levará aos cinco continentes, como o que tem estado a viver a Síria nos últimos anos, mais de 250.000 mortos em 4 anos segundos os mentirosos “números” oficiais e no Iraque foram e continuam a ser massacradas mais de dois milhões de pessoas desde a brutal invasão sionista dos EUA do Iraque em 2003. Os aviões de guerra, caças genocidas continuam a lançar bombas sobre casamentos, festas, funerais, reuniões, não somente no Iraque e na Síria, mas também no Paquistão, Afeganistão, Iémen, Líbia, sob a política de limpeza étnica que os EUA e Israel têm estado a provocar para desagregar os Estados-não árabes, começando desde o 11 de Setembro de 2001, que foi um atentado terrorista perpetrado por Israel e o governo dos EUA para terem a desculpa de destruir as nações árabes e criar mais tarde o Grande Israel sobre uma montanha de cadáveres. Os grupos terroristas que os EUA, a União Europeia e Israel financiaram e armaram para a oposição síria são os monstruosos esquadrões da morte e da violação em massa para expulsar os povos das suas raízes, destruí-los de raiz. O inferno desencadeado na Síria tem nome e apelido, é o Estado de Israel, que não só recebe nos seus hospitais os terroristas do ISIS-Daesh, como estão a tratar de derrubar o regime de Al Assad e destruir a nação síria em benefício do Eretz Israel (Grande Israel). Tal como foram os esquadrões da morte criados pelos EUA para assassinar em massa dezenas de milhares de indígenas na América Central quando se deu o genocídio dos anos 1980 e 90, na Guatemala, El Salvador, Honduras, onde estas insanos pagos e armados pelos EUA desencadearam um inferno sem nome, como o que está a desencadear o ISIS na Síria e no Iraque, violações em massa… voltem a ler: VIOLAÇÕES E MATANÇA EM MASSA, em plena luz do dia, à luz da lua e das esrelas, o inferno sem nome: crianças, mulheres, jovens, idosos, assassinados com armamento norte-americano, europeu, israelita, com dinheiro saudita e turco, financiando a crueldade dos dementas do ISIS-Daesh que estão a tratar de remodelar o mapa político para destruir as nações árabes, objectivo primário de Israel. Não pode ser coincidência: os bombardeamentos franceses, norte-americanos, israelitas e dos seus cães aliados da Liga Árabe estão a assassinar civis e não terroristas do ISIS – cujo petróleo roubado da Síria e do Iraque é vendido a Israel com a ajuda dos EUA – isto é, enquanto estes assassinos de massas fazem o trabalho sujo dos EUA e Israel de despovoar zonas inteiras para remodelar o mapa geopolítico, o petróleo que o ISIS vende aos ocidentais a preços quase dados fez com que o preço do petróleo baixasse a nível mundial, acelerando o próximo cataclismo económico que se avizinha com a crise social a nível mundial.

A funcionalidade do ISIS para o governo dos EUA é total, e não só incrementa a despesa militar a nível mundial como engorda o glutão complexo militar-industrial dos EUA e da OTAN, compra o petróleo a preço de quase dado, sustentando assim o sistema capitalista transnacional. E agora as tensões geopolíticas estão a levar-se ao extremo, culmina a estupidez humana e reina a imbecilidade, e os mais insanos ostentam um poder económico-político bastante poderoso mas não invencível. Querem por força estabelecer um Governo Mundial e instaurar o messiânico sionismo do Imperiium Mundiis, um messiânico e fundamentalista sistema de crenças religioso linear-monoteísta, a suposta chegada do messias judeu como um Rei do Mundo no fim dos tempos. Todo o sistema de crença judaico é trazer o fim dos tempos para a governação mundial quando ostentarem o controlo absoluto sobre o ser humano, estabelecer a nova ordem e o adeus às liberdades fundamentais pela demência generalizada de uns quantos doentes mentais ávidos de poder e abominação moral: aqueles que estão a desencadear o inferno da guerra nos povos ricos em recursos naturais para o seu melhor controlo e dominação. Com a destruição do Iraque e da Síria, imensa reserva de petróleo, os EUA, a Europa, Israel e as corporações transnacionais sionistas saem beneficiados, por isso criaram o ISIS-Daesh. Podemos compreender o “ninho de vespas” que a inteligência israelita está a criar na Síria e no Iraque com o seu apoio financeiro, logístico e armamentístico no solo de Israel, e também dos EUA e dos seus cães aliados estão a desencadear uma limpeza étnica geopolítica de despovoamento... é preciso reconhecer o inimigo que é em si o sistema estabelecido no qual mandam os banqueiros e os sionistas transnacionais que projectam uma nova ordem mundial de saque e genocídio.

O regime de Al Assad é o único que resta laico e tolerante à diversidade religiosa no mundo árabe, algo que não perdoam os insanos sauditas que em pleno século 21 fizeram da Arábia Saudita uma teocracia retrógrada que não saiu da Idade Média no que respeita a direitos humanos, e também apoiaram o ISIS-Daesh através de financiamento e armas para derrubar Al Assad. A Israel não interessa só derrubar Al Assad, começou já os bombardeamentos sobre os Altos de Golan na Síria, pois o que lhe interessa é desmembrar a Síria e o Iraque para ganhar territórios e engrandecer o infame Estado de Israel, objectivo da maçonaria sionista. Quem é então o verdadeiro terrorista? Fica claro que a CIA, o Mossad, o MI6, são os terroristas que estão a desencadear o inferno na Síria para derrubar Al Assad, desmembrar a Síria, acelerar o processo de guerra mundial que assegurará o despovoamento de mais de dois terços da população. E é isso que estão a fazer.

O plano dos psicopatas sionistas maçãos do poder mundial é desencadear o inferno na terra de uma guerra planetária nuclear para despovoar o mundo, e instaurar o verdadeiro inferno da messiânica ordem mundial que prepara o sionismo para os sobreviventes do inferno. Pensam despovoar mais de dois terços da humanidade, reduzir a população para seu melhor controlo, algo que já começou no Médio Oriente desde 2001 com a actual limpeza étnica para o saque de recursos. A nova ordem mundial está a desencadear o inferno em vários pontos do globo, a guerra é uma ferramenta geopolítica para impor o modelo mundial de saque e genocídio, e mais cedo ou mais tarde obrigará, por motivos de segurança e controlo populacional,  à inserção massiva de microchips para que todo o ser humano seja controlado a partir da sua profunda intimidade e escravizado na sua totalidade.

O regime totalitário mundial é um monstro perverso e abominável mas perecível… a guerra mundial está a começar. É preciso ter pronta a mochila do fim do mundo, uma mente alerta, desperta, consciente, porque o que está a acontecer agora é o tempo mais interessante….como toda a civilização deve cair, cairá a abominação sionista…. 
  
CAOS do blogue Textos de Caos y Destrucción


P.S. - Estimado CAOS, no he conseguido tu contacto de e-mail para pedirte permiso para publicar tu texto aquí. Lo he traducido al Portugués lo más fielmente posible. Si hubiera algun inconveniente por favor dímelo y de inmediato retiraré tu texto. Gracias y saludos.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Eleições ou o Acto que Consolida o Facto





Primeiro, o período de campanha em que os candidatos parecem putos a defender a cor dos seus berlindes, inclusivamente com a mesma infantilidade. Repetem ideias e promessas. Berram até enrouquecer, como se a palavra gritada tivesse a mesma força e a mesma firmeza da palavra branda que expressa a verdade. Dizem mal dos seus pares para evidenciar a grandeza própria que crêem possuir. Mentem, manipulam, distorcem. Gastam dinheiro a rodos. Cartazes, esferográficas, réguas, almoços e jantares populares. Pequenas merdices pelas quais o povinho (premeditadamente mantido) inculto se vende sem pestanejar, pois ainda acredita que há almoços grátis. E a comunicação social, orgulhoso pau-mandado do sistema (ou da facção que melhor lhe pague), auto-satisfaz-se em orgásmicas manipulações sob a forma de títulos bombásticos, sondagens e projecções.

A seguir, o dia das eleições. Dir-se-ia quase um acto sagrado, a julgar pelas expressões mascaradas de solenidade, em total contraste com a futilidade que a mente interiormente vai alimentando. Tal e qual como se fosse o funeral de alguém importante e mafioso onde, mantendo-se uma aparência solene e sóbria como convém, se vão imperceptivelmente sussurrando vernáculos impropérios acerca do defunto. A hipocrisia, em última análise, é exactamente a mesma. Uns votando por ignorância, por acefalia involuntária, outros para salvaguardar a sua própria posição na vasta rede de interesses e negociatas, gerada pelas máquinas partidárias e pelos sucessivos governos, que vai desde o mais alto dignitário da nação ao mais ignorante e inculto presidente de junta. Sobram os que dispõem de cérebro, de integridade e de humanidade (e já vão sendo muitos – vejam-se os números da abstenção), e que não se prestam a estes ridículos jogos do poder, não brincam às democracias, não prostituem a sua liberdade individual. Como diz James Corbett, os líderes políticos não são eleitos, são seleccionados (they are selected, not elected), mas é preciso abdicar da cegueira voluntária para se poder constatar a asserção!

E por último, o degradante período pós-eleições. Digladiam-se as bestas, autênticas máquinas movidas a ambição. Masturbam-se em vitórias inventadas a todo o custo e nem se dão conta de que todos, sem excepção, perderam. Perderam mais um pouco de dignidade do pingo que lhes restava. Entraram em negativo nas áreas de humanidade, seriedade, integridade, honestidade, solidariedade. E perderam mais valores, mais princípios dos escassos que eventualmente pudessem ainda possuir. E as gentes, tontas e distraídas com a azáfama e a confusão instaladas, estupidificam-se com tagarelices de pausa para café, defendendo os monstros indefensáveis que, sôfregos, continuam a interminável e sofismável luta em pró de um sedutor e provedor poleiro.

Cada vez que há eleições ficam mais à superfície a estupidez do ser humano, a sua mesquinhez, a baixeza dos seus objectivos. Tende a piorar. Até que profundidade conseguirá ainda descer?

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Intoxicada

Paisagem - Aguarela de Viktor de Magalhães


Completamente intoxicada. Os sintomas não enganam: surda revolta interior, profunda aversão à estupidez, veemente repúdio pelo ludíbrio, contínuo recurso ao silêncio porque a palavra, tergiversada e conspurcada, já não serve o esforço da compreensão nem o benefício da comunicação.

A estupidez, crescente, é cada vez mais elaborada. A exagerada “veneração” ao cineasta, que, apesar da presença de uma elite que se considera altamente intelectual, foi tão básica e reles como a feita ao futebolista, pinta-nos a triste cena de uma humanidade vazia que constrói, dia a dia, cada vez com mais afinco e requinte, a sua própria futilidade. Da hipocrisia de uns e da estupidez de outros, passando por lamentáveis mostras da decadência humana, – o espectáculo montado em torno dos mortos, o je suis Charlie, o Papa que lamenta a morte de cristãos mas nem refere sequer a chacina dos Palestinos, a morte de muçulmanos, a dizimação sistemática de inocentes nos países intervencionados pelos belicosos e gananciosos EUA, até às ridículas lutazinhas internas pelo poder cujos conteúdos e formas não passam de jogos pueris – tudo indica que a humanidade, e com ela a inerente maturidade, morreu no ser humano. Em vez dela, instalou-se-lhe no coração a ignomínia dos bárbaros e a fome de ouro dos piratas, a sede de poder dos reis e o capricho por extravagâncias dos boémios, a futilidade das cortes e o vazio moral dos demónios.

Iludir o semelhante, enganá-lo, é um acto tão banal e aceitável como beber água, ainda que esta purifique o organismo e o engano o envenene. Na política, na religião, na sociedade, na banca, nas instituições, na educação, na saúde, na comunicação, nas artes, na literatura, o ludíbrio é constante. Prevalece o interesse. Verdade e qualidade são dispensáveis. A mentira, a persuasão, a maquinação, a omissão, a tergiversação, a encenação, a distorção e a ilusão são o séquito do ludíbrio, “virtude” indispensável ao formatado cidadão-robô actual.

Absolutamente intoxicada. Um zapping rápido aos canais de TV deixa à tona, em segundos, a degradação da música, das relações humanas, do pensamento, da cultura, dos princípios, dos valores. Onde está a música que nos eleva, que nos faz sentir o espírito, que faz vibrar a alma? Música, hoje, é apenas um dissonante ruído manipulador e entorpecente, viciante como qualquer droga. As relações humanas ficaram reduzidas à relação por interesse e à relação puramente sexual. A relação humana que fomenta a compreensão, que complementa cada indivíduo na troca frutífera de ideias, desapareceu. A reunião de indivíduos com vista à superação de cada um pela partilha comum, baseada no intercâmbio cultural e espiritual, foi costume que há muito se perdeu. O pensamento, esse poderoso criador de realidades, ficou-se pelo nível sensorial. O resultado é a devastadora criação de conflitos, a atroz geração de ódios, o ignóbil e exacerbado egoísmo. A cultura passou a ser a capacidade de dominar as novas tecnologias, quase exclusivamente ao serviço de geringonças distractoras – telemóveis, tablets, smart phones, TV’s interactivas – e a arte já só quase é a feitura de absurdas monstruosidades – Joana Vasconcelos e Yayoi Kusama são óptimos exemplos do oco absurdo – desprovidas da beleza que as verdadeira obras de arte possuem e do avassalador sentimento extático que produzem em quem as lê com a alma.

Inteiramente intoxicada. A lei da selva no trânsito, a má educação e a agressividade das crianças e jovens, a absoluta falta de civismo, o egoísmo à flor da pela nas filas do hipermercado ou da segurança social ou da repartição de finanças. As etiquetas que prorrogam a validade de um produto, coladas sobre a validade anterior já ultrapassada. As cuvetes com alimentos de qualidade inferior por baixo da convidativa primeira camada que atrai o olho. O cuspir ruidosamente para o chão, o palavrão fácil e a língua tão mal falada. O telemóvel em todas as mãos, conversas da treta em quase todos os lábios. Conversas fúteis em abrangente gama que vai do básico futebol ao topo de gama e à 5th Avenue. O euromilhões, os famosos. A bolsa, os milionários da Forbes. O circo das ILGA e das LGBT e dos orgulhosos não-homofóbicos. O apelo ao sexo por todo o lado. Os OGM e todos os produtos processados. Os atropelos e a selvática competição no trabalho. A premiação das aparências em detrimento dos conteúdos. A subtil implantação de democráticas ditaduras e a cada vez menor flexibilidade e tolerância para a aceitação do outro. O desrespeito pelo outro. A busca da originalidade própria à custa da uniformização dos semelhantes. O ascenso de uns poucos à custa do descenso de muitos. As notícias manipuladas para que só ouçamos e vejamos o que eles querem, para que não excedamos as linhas limítrofes do sistema. A educação que implacavelmente treina guerreiros executivos, que fomenta rivalidades, que aumenta divisões, que dá preferência à informação em desfavor do conhecimento, da sabedoria.

Totalmente intoxicada. Rodeada de seres automatizados de pensamento mecânico e idêntico, com objectivos similares. Não há criação, há imitação. O natural deu lugar à mais fantasiosa e artificial ilusão. Por que é viciadora, a ilusão mata, a cada instante, a individualidade criativa, geradora e incrementadora de uma mais ampla consciência, que, infelizmente, vem sendo substituída por estereótipos, por programas mentais maioritariamente aceites. A supremacia do eu, o consumismo desenfreado, a tergiversação de valores são cuidadosamente injectados na mente do indivíduo, que é subtilmente levado a pensar que as escolhas que faz e as decisões que toma são realmente suas.

Preciso de respirar. E sei que só abrindo a janela do meu interior poderei respirar ar puro, que só no silêncio me pouparei à toxicidade das palavras, que só na aparente não-acção evitarei inoculações exteriores. Eu e o silêncio escreveremos na eloquente mudez da escrita o que a boca decidiu não proferir. Antes permaneça não proferida a palavra-semente, do que caia em solo estéril e morra…




Agradecimento: Obrigada, caríssimo Viktor, pela tua maravilhosa paisagem. Admirá-la, com os olhos e com a alma no silêncio, é genuína fonte inspiradora!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Charlie e as trevas




Paris, a cidade da luz, mostrou-nos ontem como a humanidade se afunda, cada vez mais, na escuridão. De olhos bem fechados, de cérebro imbecilizado, adormecidas pela manipulação, milhões de pessoas dançaram ao ritmo da música que os Senhores das Trevas tocam. Dançaram, dançam e dançarão, sem se aperceberem que estão à beira do abismo...

Urge despertar...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Eu NÃO sou Charlie!





Um jornal decide ridicularizar um ícone religioso dos povos islâmicos. Fá-lo durante anos. Dois  extremistas  decidem  pôr  cobro  ao  escárnio.  Doze mortos. Um nazi assumido, de nome  Breivik, de  fortíssimas  convicções  de extrema-direita, decide exterminar 77 pessoas.

Os primeiros, por serem muçulmanos, são fundamentalistas, extremistas, assassinos, embora tenham sido provocados, nas suas convicções religiosas, anos a fio pelos Charlies. O segundo, por ser ocidental, e apesar da ignóbil mortandade que perpetrou, teve psiquiatras que provaram que estava doente no dia em que chacinou as 77 pessoas e é tido como insano…

Dois pesos, duas medidas. O mundo inteiro, imbecilizado pela subtil formatação do ocidente manipulador, ergue-se contra os dois extremistas muçulmanos. É maior a guerra que o ocidente faz contra o Islão, e cada vez mais crescente o ódio que lhe cultiva, do que a guerra que o pretenso Estado Islâmico trava contra o ocidente.

Durante décadas, a nação mais podre e mais cruel do mundo, os EUA, invadiu, chacinou, subjugou, violentou, roubou e desrespeitou países islâmicos. Não o fez em nome de um profeta. Desceu muito baixo: fê-lo em nome dos deuses Dinheiro, Poder, Ambição!

Indignem-se, choquem-se, chorem, vocês, os que agora se manifestam com a ridícula cantilena do "Je suis Charlie", mas façam-no por vocês próprios e por todos aqueles que têm os olhos fechados, já que não conseguem ver a fabricação e as maquinações do verdadeiro Mal. Ensinam-vos sub-repticiamente a odiar e vocês, títeres imbecilizados, odeiam pensando que são tolerantes, que são democratas e, sobretudo, que são livres. Que ilusão tão conveniente…

Indignem-se contra o governo nazi da Ucrânia arranjado pelos EUA; indignem-se contra os grupos armados pelos EUA que continuam o plano de destruição da Síria; choquem-se com o genocídio perpetrado por Israel na faixa de Gaza, atrocidade à qual os EUA fecham os olhos porque prevalecem os altos interesses sionistas; indignem-se contra a fome, contra a patenteação das sementes, contra a manipulação genética dos alimentos, contra a privatização da água, contra a expulsão de tribos inteiras em África para construção de parques privados de caça, contra a desflorestação da Amazónia, contra o capitalismo selvagem. Podia continuar a dar exemplos destes até à exaustão mas de nada adiantaria. Banalizaram-se todas estas ignobilidades…

Quem é melhor do que quem? Tu és melhor do que eu? Eu sou melhor do que tu? Vocês são melhores do que eles? É desolador constatar, a cada instante que passa, a profunda ignorância, a abissal estupidez, a incomensurável ambição e o infinito egoísmo da sociedade actual…

Não, eu NÃO sou Charlie.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo




Vingança, um sentimento muito próprio da natureza humana. Assim como o ódio, o apontar o dedo, a culpabilização do outro. Nunca é culpa nossa. Somos todos santos. Os outros, esses sim, são os demónios que existem apenas para atormentar-nos.

Acho que seria tempo de acabar com a estupidez. Sim, porque será o ser humano tão estúpido que não tenha noção de que qualquer efeito tem a sua causa? Será o ser humano tão estúpido que julgue que pode zombar de outros e que esses outros apenas esboçarão um sorriso inócuo? Está na hora de crescer. A humanidade precisa urgentemente de amadurecer, de dar um salto qualitativo e avançar, de uma mentalidade absolutamente rude, tosca e imbecil, em direcção a um novo paradigma onde impere a sensatez, a inteligência, o respeito pelo outro. O outro sou eu, és tu, somos todos. E todos somos um.

Inteligente será todo o ser humano que, imbuído de amor ao próximo, gere causas benéficas que provoquem efeitos nobres. Por agora, e a existir, um ser humano assim será a excepção à regra. E a regra é o que todos vemos, mas poucos entendem: uma imensidão de bestas com pretensões a humanos, sejam eles de que religião forem, de que raça forem, de que cor política forem. São apenas bestas sem discernimento…

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Bestialidades




Olhei para o parque de estacionamento. O usual. Lugares normais, uma boa dúzia deles, e dois lugares para aqueles considerados deficientes. Começaram a chegar. A primeira besta que apareceu, montada num belo carro, achou por bem estacionar por cima da linha divisória. Uma ocupação menor do que dois lugares seria inconcebível para egos que se espelham em veículos automóveis e smart phones. A segunda besta chegou, também num bom carro, acelerado e com pressa, tal como convém a quem se tem por importante. Estacionou na diagonal, ocupando dois lugares. Saiu à pressa do carro, boné com a pala para trás, calças a escorregar pelas nádegas abaixo. A terceira e a quarta bestas, muito, muito deficientes a nível neuronal, estacionaram placidamente, nos lugares destinados aos deficientes motores, os seus BMW e Mercedes respectivamente. A quinta e última besta (não tive paciência nem estômago para continuar a minha curiosa observação) entra no parque em contra-mão. Procurando um lugar que tardava em encontrar, continuou pelo parque fora sempre no sentido contrário das setas pintadas no chão. 

Esta bestialidade será só epíteto dos lusos ou estender-se-á por esse mundo fora?





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